quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A carta V

Meu amor,

As saudades matam-me. Calam os meus dedos. Silenciam a minha voz. Estou doente de amor. A tua falta apunhala a força dos meus dias. E eles sem ti são tão vazios. Tão sem cor. Tão sem sol. Tão sem brilho.
Perdoa-me a demora, mas não tenho conseguido fazer outra coisa senão colocar a cabeça em outros lugares para que a saudade não me faça doer tanto. Mas olha, o meu coração, esse, está sempre sempre na mesma linha que o teu. Nunca se largam, nunca. A minha vida há-de sempre estar ligada à tua, até porque o destino por mais traiçoeiro que tenha sido connosco não terá tanta força como a dos nossos corações juntos.
Despeço-me assim, porque como te disse a saudade come-me tudo, até as palavras. Perdoa-me, e volta rápido.
És o meu céu.


Tua, 
Hellen