quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A carta VII

Imagem retirada da Internet

James,

Cada palavra recheada de ternura que me proferes , são dias que acrescentas à minha vida. Comovo-me cada vez que abro a caixa de correio e vejo que ainda continuo no teu pensamento. É isso que me faz acreditar que esta viagem, a cada dia que passa, está mais perto de terminar.
Morro de saudades tuas mas sei que em todos os momentos me tens contigo dentro do peito. Que a todos os momentos tens a minha voz nos teus ouvidos, as linhas do meu olhar dentro da esfera da tua memória. Que em todos os momentos tens a minha força a segurar-te os braços para que nada te derrube. Que em todos os momentos me desejas, tal como eu a ti, infinitamente.
Amo-te todos os dias meu amor. E em todos eles, apesar desta ausência que me tenta comer a sanidade aos pedaços, eu tenho-te comigo. Em tudo o que faço. Em tudo o que ouço. Em tudo o que vejo. És o meu mundo mesmo que tu próprio estejas noutro mundo que não o nosso.
Vou amar-te sempre até porque a minha pele, o meu coração, a minha memória não me permitem que seja de outra forma.

Com amor, 
Hellen

sábado, 7 de janeiro de 2012

A Carta VI

Imagem retirada na Internet

Hellen,

Aqui sozinho neste mundo descolorido nem sempre tenho a serenidade necessária para suportar a tua ausência. Há uma emoção em meus dedos que desejam tocar-te em vez de formar frases que demonstrem esse desejo. Fico assim sempre que releio tuas cartas. É como se tivesse entrado numa dimensão transcendental, onde o vazio e a saudade afogam-se num mar de intimidades. Porque descobrir o sentimento em tuas palavras é qualquer coisa de sublimar. É como comer um morango do tamanho de uma melancia. E tu sabes bem como gosto de morangos. Como eles encaixam tão bem na nossa íntima sinfonia. Sorrio, um genuíno sorriso. O maior que alguma vez já tive. E nada retirará este sorriso da minha face, pois sinto-te. E sentir-te é mais importante que ver-te. É isso que me faz aguentar neste manto de saudade. Amo-te.

Teu,
James

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A carta V

Meu amor,

As saudades matam-me. Calam os meus dedos. Silenciam a minha voz. Estou doente de amor. A tua falta apunhala a força dos meus dias. E eles sem ti são tão vazios. Tão sem cor. Tão sem sol. Tão sem brilho.
Perdoa-me a demora, mas não tenho conseguido fazer outra coisa senão colocar a cabeça em outros lugares para que a saudade não me faça doer tanto. Mas olha, o meu coração, esse, está sempre sempre na mesma linha que o teu. Nunca se largam, nunca. A minha vida há-de sempre estar ligada à tua, até porque o destino por mais traiçoeiro que tenha sido connosco não terá tanta força como a dos nossos corações juntos.
Despeço-me assim, porque como te disse a saudade come-me tudo, até as palavras. Perdoa-me, e volta rápido.
És o meu céu.


Tua, 
Hellen

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A carta IV


Amada,

Prometo que muito brevemente voltarei. Sabes que se fosse possível, estaria neste preciso momento ao teu lado, estaria todos os minutos bem junto a ti. Nesta brevidade com que me ausento tenho estado contigo nos meus doces pensamentos. Digo brevidade, mas o facto é que as horas arrastam-se lentamente, como se sentissem um peso enorme sobre elas… é o peso da saudade meu amor. Estou com uma imensurável vontade de te dar aquele abraço. Não para apenas proteger-te do frio do teu quarto, mas para suspirar sentindo-te com este amor que tão delicadamente respira. Quero passar horas nesse abraço, tu, sentada encostada ao meu peito, e os meus braços a prender-te. Minha boca a beijar teu pescoço, e meu coração a encher-se do prazer da tua presença. Vamos vestir as árvores, vamos admirar as magníficas formas das nuvens, e vamos ver a neve derreter-se junto à janela, enquanto o nosso abraço junto a ela aquece o mundo. 
Sinto-me tão feliz de saber que o teu coração me pertence. Farei dele o coração mais feliz e mais forte que alguma vez tiveste. Baterá tanto até o seu último pulsar. Baterá de amor. Do verdadeiro amor. O nosso. Que a cada dia sobe um degrau na escada da perfeição. E o meu? Sabes que já te o entreguei a algum tempo, e ele sorri, porque o tratas tão bem. Preciso agradecer-te. Foi bom demais teres surgido na minha vida.
Escrevo-te esta carta, mordendo meus lábios de vontade de ti, de desejos insaciáveis para meus pensamentos. Mas é bom saber que não falta muito para matar esses desejos. Só não te digo quando chegarei, pois sei que contarás as horas e os minutos numa louca impaciência. Por isso espera-me a qualquer momento. Quando entrar por essa porta, será o teu sorriso espontâneo que verei, e aquele abraço que ao correres até mim, sentirei. Como anseio esse momento, querida Hellen. Até já, meu amor.

James

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A carta III

James,

Hoje faz frio no meu quarto. A minha janela não consegue proteger-me o suficiente. Faltam-me os teus braços, os teus confortáveis braços que me fazem sentir no topo do mundo quando me envolvem docemente. Falta-me o calor do teu corpo para formar uma pura e mágica alquimia com o meu. Falta-me a tua boca, sempre doce e suave encostada a minha, enquanto a Lua pára para eternizar o nosso amor.
Nunca te disse, mas cada vez que não estás no meu mundo é sempre Inverno: as árvores despem-se, as nuvens formam-se, o dilúvio cai. Cada vez que não estás, a neve aparece gelada nas bordas do parapeito da minha janela, e o sol ausenta-se de mansinho, tal como uma criança foge da consequência de uma traquinice.
A saudade tem-me sufocado o peito. Sei que me amas com igual intensidade que te venero, sei que o teu desejo de habitares na minha vida é tal e qual o meu relativamente à tua, mas até isso dói quando toda esta distância resolve comer à dentada toda a minha sanidade enquanto tu não vens desse lugar. Esse lugar que não te pertence. Aliás, nenhum lugar te pertence, a não ser o meu coração. Volta rápido, meu amor.

Hellen

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A carta II

Hellen,

Recebi a tua carta com profunda comoção, que meus olhos brilham como se a Lua tivesse gerado seus filhos no meu olhar. Quero que saibas que esses minutos longos em que te ausentas são de facto uma eternidade para meu coração, pois estás tão carinhosamente dentro dele, que viver na tua ausência é um viver sem sentido. Por isso alegra-me imenso saber que sentiste essas saudades e que a minha presença te faz feliz. Sabes, fazer-te feliz é o que mais desejo nesta vida. Por isso acredita que estarei sempre contigo e se hoje o que partilhamos já é tudo para mim, para nós; amanhã teremos ainda mais motivos para pensar assim. Porque simplesmente te amo, e este meu amor intensifica-se a cada amanhecer. É por isso que tu és todos os dias mais linda, mais especial e mais cativante. E eu sou a cada dia mais feliz. Dizes que precisas de mim talvez por gostares demais. Mas não tenhas receio de gostar demais, porque nunca te deixarei, nunca ficarás desamparada neste mundo, enquanto a morte não nos levar. Ai, como eu te amo! Não só serei o teu porto, como serei o teu mar calmo e sereno quando decidires navegar.
  
James

A carta I

Dear James:

Ponderei bastante em escrever-te estas palavras vindas directamente dos meus sonhos.
Quero começar por dizer-te que pensei em dar-te tempo para sentires a minha falta em todos os poros da tua pele, mas o certo é que eu é que senti a saudade a romper-me o coração durante os minutos longos em que me ausentei.
Descobri que não consigo ter-te longe de mim, és o meu céu, o meu sol, a minha âncora, e preciso de ti para que os meus dias possam brilhar. Preciso de ti para que a minha vida tenha um sentido e uma obrigação de nunca parar. Preciso de ti, preciso muito de ti. E nem sei porque preciso tanto. Talvez é por gostar demais. Talvez é por saber que me fazes o bem que nunca ninguém foi capaz de fazer. Nunca te vais embora da minha vida, e nem sabes o orgulho que me dás quando olho para ti e vejo que nunca desistes. Que nunca desistes de nós, de mim, do que partilhamos. E o que partilhamos é infinito. Nunca acabou, sempre resistiu a tudo, a todos, às circunstâncias.
És o meu porto, permanece sempre no meu barco.

Hellen